quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

“No início o câncer assusta muito, mas isto não significa sempre sofrimento e dor. É preciso saber lidar com a situação e é preciso ter força, mesmo que isso pareça impossível.” “Dias antes da cirurgia, a família adoecida não pára de me visitar. A impressão que tenho é que estão se despedindo de mim”. “Fiquei mais arrasada em não poder ser mãe do que com o câncer”.
Os depoimentos acima são de Lúcia, Wanda e Fabiana, respectivamente. Elas são personagens da vida real que superaram o câncer e são exemplos de superação e otimismo para outros pacientes e familiares que lutam contra o câncer.
Falar de superação e deixar mensagens otimistas aos pacientes é uma tarefa relativamente fácil. Equilibrar o tripé corpo mente espírito é mais complicado e depende de um atendimento eficiente e de como o paciente e sua família, que representam no IPC uma única unidade de atendimento, encaram o tratamento. O universo particular das pacientes Lúcia, Wanda e Fabiana pode servir de exemplo para quem está passando pela mesma situação e deve ser observados com atenção.
A advogada Lúcia Maria Belo Freitas, de 31 anos sempre teve o sonho de ser mãe e não foi o diagnóstico e tratamento de um câncer descoberto há 3 anos que impediu a realização deste sonho. No caso de Lúcia, apesar das cirurgias e do tratamento clínico e cirúrgico, a maternidade se concretizou com o nascimento de Guilherme ocorrido no último dia 30 de julho.
Grande mulher que teve a vida interrompida pelo cancer !
Um câncer sem perder a alegria. Este é o título da autobiografia de Wanda Ribeiro Fortes. A história da professora de XX anos acabou por se tornar um livro. Na narrativa da convivência de Wanda com o câncer não há espaço para questionamentos ou lamentações. O tratamento, o apoio dos familiares e as recordações do passado fazem do texto uma verdadeira lição de vida. Wanda passou por cirurgia para retirada de um tumor maligno no cérebro, em 2003. Das sessões de quimioterapia e radioterapia, seguintes à cirurgia, a paciente tem recordações de insegurança e apoio.
No caso da operadora de telemarketing Fabiana Rodrigues Silva, um auto-exame da mama revelou um nódulo no seio esquerdo que foi diagnosticado posteriormente como câncer de mama. Cirurgia, quimioterapia e radioterapia passaram a fazer parte da rotina de uma mulher com apenas 23 anos de idade. Após 4 anos, Fabiana conseguiu engravidar e hoje é mão de Isabela, de 2 anos, e Julia, de 4 meses.
Dividir histórias como as de Lúcia, Wanda e Fabiana com outros pacientes significa multiplicar as esperanças de sucesso no tratamento e na vida como um todo. Significa somar experiências e diminuir os medos e as incertezas de uma fase difícil que qualquer ser humano está sujeito a enfrentar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário